sábado, 12 de fevereiro de 2011

ProUni e Fies- Sistema de financiamento pode beneficiar alunos que não obtiverem bolsas

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) pode se equiparar a bolsa de estudo em alguns casos, como o dos 365 mil estudantes que, este ano, pleitearam esse tipo de benefício no Programa Universidade para Todos (ProUni) em cursos de licenciatura e não o obtiveram. “Esses estudantes poderão abater sua dívida do Fies depois de formados, se vierem a trabalhar na rede pública”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad. O mesmo caso se aplica a estudantes de medicina que, após a formatura, venham a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para debater e implementar medidas que potencializem a utilização do Fies, o Ministério da Educação e representantes de instituições privadas e comunitárias de educação superior reuniram-se nesta terça-feira, 8, em Brasília.
No atual processo seletivo do Programa Universidade Para Todos (ProUni), a oferta de bolsas para cursos de licenciatura ficou na faixa de 31 mil, sendo que 396 mil estudantes solicitaram o benefício. No total, um milhão de candidatos se inscreveram no ProUni, mas o número de bolsas ofertadas, para o primeiro semestre, foi de 123 mil. Os 877 mil estudantes não atendidos são potenciais candidatos ao Fies, lembrou o ministro. “Eles já foram, inclusive, avaliados pelo Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”, disse Haddad.
O Fies também serve para o aluno com bolsa parcial do ProUni, que pode usar o financiamento para pagar o restante da mensalidade. No ano passado, do total de 51.446 bolsistas parciais, 4.860 também usaram o Fies. Este ano, foram ofertadas pelo ProUni 79.789 bolsas parciais.

Encontros – Para que alunos e instituições melhorem o acesso ao financiamento, o ministério vai instituir uma política de disseminação da informação sobre os programas de acesso à educação superior, voltada tanto aos estudantes quanto às próprias instituições. Para isso, serão feitos encontros regionais com representantes das mantenedoras das instituições. Essas instituições têm acesso ao perfil dos estudantes que solicitam bolsas e financiamentos, e portanto podem contribuir para que os benefícios se ampliem.
Um dos exemplos usados por Haddad se refere ao Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc), que permite a dispensa de fiador para o Fies. “Das 863 mantenedoras que aderiram ao Fies no ano passado, apenas 148 aderiram também ao Fgeduc; isso mostra que as instituições precisam conhecer melhor o funcionamento do fundo”, apontou.
A adesão ao fundo garantidor é voluntária. A partir dele, podem abrir mão de fiadores os estudantes que tenham renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio, os matriculados em cursos de licenciatura e os bolsistas parciais do ProUni que optem por inscrição no Fies no mesmo curso em que são beneficiários da bolsa.
A partir da reunião desta terça-feira, foi criado um grupo de trabalho permanente, para aperfeiçoamento dos programas federais voltados à educação superior. O objetivo, segundo o ministro, é garantir que as metas do Plano Nacional de Educação relativas ao ingresso na educação superior para a próxima década sejam alcançadas.

Fonte: MEC

Ver: http://jc.uol.com.br/canal/educacao/noticia/2011/02/11/sistema-de-financiamento-pode-beneficiar-alunos-que-nao-obtiverem-bolsas-256688.php

Enem substituirá Enade para alunos ingressantes de cursos superiores a partir de 2011, diz Haddad

Publicado em 08.02.2011, às 18h33
A partir deste ano, alunos ingressantes de cursos superiores avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) não terão que fazer a prova caso tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Essa é uma demanda antiga do setor privado que passa a valer a partir deste ano.
O Enade é aplicado a alunos ingressantes e concluintes de cursos superiores para medir a qualidade do ensino oferecido. Comparando o desempenho daqueles que estão entrando e dos que estão se formando, o Ministério da Educação (MEC) calcula o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que mede o quanto o aluno aprendeu durante o curso.
O Enade de ingressantes é aplicado ao final do primeiro ano da graduação e, segundo as instituições, não é o método mais adequado para medir o “valor agregado” por elas durante esse período. Segundo as faculdades, é feito um grande esforço no primeiro ano de curso na formação dos alunos e esse investimento “se perde” porque não é aferido pelo Enade.
Na tarde desta terça-feira (8), o ministro da Educação, Fernando Haddad, reuniu-se com cerca de 50 representantes de instituições privadas para discutir formas de aperfeiçoar o sistema de avaliação e de outros projetos como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Serão formadas comissões permanentes para tratar desses temas com representantes do setor privado e do ministério.
“O Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior] está em permanente evolução e pode ser aperfeiçoado. A avaliação não é uma coisa estática”, afirmou Haddad.

Fonte: Agência Brasil

Ver: http://jc.uol.com.br/canal/educacao/noticia/2011/02/08/enem-substituira-enade-para-alunos-ingressantes-de-cursos-superiores-a-partir-de-2011-diz-haddad-256304.php